sábado, 6 de março de 2010

Programa Brasil.Jus

Brasil.Jus conhece projetos que melhora a vida de comunidades em MG

Nesta semana, a equipe do Brasil.Jus visita duas cidade de Minas Gerais. A primeira delas, Itaúna, é uma cidade que acorda e dorme com o barulho do trem. É ele quem carrega o maior tesouro da região: o minério de ferro, encontrado nas montanhas rochosas que cercam o lugar. Em Itaúna, nossa equipe conheceu o juiz Paulo Antonio de Carvalho. Responsável pela Vara Criminal, é dele a responsabilidade de mandar soltar ou prender. Mas o juiz resolveu ir além destas atribuições e tratou de colaborar na ressocialização dos presos da cidade, tanto que resolveu investir no presídio, que nada tem haver com uma cadeia tradicional. Até o nome é diferente! Centro de Integração Social. Por lá não existe seguranças armados, a chave fica com um dos internos e os relacionamentos são na base da confiança. Todos os presos são chamados de recuperandos e trabalham nos mais variados serviços. Uns fazem o pão, outros cuidam das refeições. Há ainda os que produzem tijolos, os que cuidam da horta e os que fazem artesanato. Você vai conhecer a história de Fábio, que cumpre pena, trabalha e conseguiu se formar em Engenharia Industrial Mecânica. E a trajetória de Ailton, que depois de passar 20 anos preso, montou uma fábrica de sandálias com a mão de obra do presídio.

Nossa segunda parada em Minas Gerais é em João Pinheiro, o município mais extenso do Estado. Por lá, conhecemos dona Benedita, prestes a completar 100 anos, ela é um exemplo de lucidez e otimismo. Chegou a João Pinheiro ainda criança, casou, tornou-se professora e teve 10 filhos. Foi justamente conversando com gente como dona Benedita e outros moradores mais antigos que o juiz José Henrique Mallmann resolveu resgatar a memória da cidade. Prédios antigos, já destruídos, eram motivo de lamento por parte da população. Com um terreno doado por uma moradora, material conseguido com empresários e a mão de obra de presos, que trocaram o trabalho por redução de pena, a cidade ganhou uma réplica da primeira igreja da cidade: a Igreja Santana do Alegre. O juiz também mobilizou os moradores para restaurar um antigo casarão e nele montar uma casa de cultura, um museu e um cinema, nos mesmos moldes do primeiro que a cidade já teve: o cine Sinhá Maria. Nossa equipe mostra a alegria das crianças que, pela primeira vez, puderam conhecer uma sala de cinema. "A idéia do cinema surgiu primeiro para eternizar um pouco da memória da cidade e segundo para dar às crianças um pouco mais de diversão e cultura", diz o juiz José Henrique Mallmann.

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