Tortura: uma das formas mais insidiosas de violência
Cinquenta anos após o golpe militar de 1964, que derrubou do poder o então presidente da República João Goulart, o programa Fórum discute a tortura. Quais são as formas de violência mais praticadas hoje? Como a sociedade brasileira encara a tortura? O que pode ser feito para evitar novos casos? Essas e outras questões são debatidas pela vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Indira Quaresma, e pela coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Violência da Universidade de Brasília, a socióloga Maria Stela Grossi Porto.
Para a primeira, o cenário é preocupante. “O Brasil tem uma dificuldade imensa em respeitar os direitos civis, que são a base dos direitos humanos. Nós aceitamos bem os direitos sociais, mas os direitos civis básicos a gente não associa. Aceitar que uma pessoa possa ser torturada para confessar um crime é um problema muito sério”, afirma Indira Quaresma. A socióloga diz que não há como comparar um regime ditatorial – como o que dominou o Brasil entre 1964 e 1985 – atualmente vivemos uma democracia com direitos e deveres. Assim mesmo, lembra que sobram episódios cruéis no país. “A tortura é uma das formas mais insidiosas de violência porque atinge pessoas que, muitas vezes, estão em uma situação de total fragilidade”, aponta ela.
O debate está no Fórum desta semana. Não perca!
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